Você sabe o que é economia colaborativa? Sabia que esse modelo de negócio tem diversas vantagens? Conhece exemplos de negócios colaborativos? A economia colaborativa pode mudar a situação da sua empresa.
Fique por dentro do assunto, confira neste artigo como funciona a modalidade, suas vantagens e características.
Veja sobre o que trataremos neste post:
O que é economia colaborativa
O termo economia colaborativa, também conhecida como economia compartilhada ou em rede, foi criado para falar sobre um movimento que se expande em todo o mundo, o ato de compartilhar bens ou serviços, propagando uma forma diferente de enxergar as relações de consumo e de mercado.
A economia colaborativa tem causado impacto na sociedade, tanto na maneira de consumir quanto de vender, pois, o objetivo é que o acúmulo de recursos seja substituído pelo compartilhamento deles. Essa é a maior preocupação desse modelo de negócio.
O consumo sustentável é uma das premissas dessa modalidade que tem se expandido no Brasil, porém já era utilizada em outros países. Como exemplos, temos o aplicativo AirBnb, o Uber, o BlaBlaCar, os espaços com coworking, etc.
Vantagens da economia colaborativa
Segundo Rachel Botsman, especialista em economia colaborativa, autora do livro “O que é meu é seu: como o consumo colaborativo vai mudar o nosso mundo”, a tecnologia beneficiou muito a colaboração, pois amplia as trocas e a otimização de espaços.
Além de trazer inúmeros benefícios para o planeta, pois, a sustentabilidade é priorizada nessa modalidade de economia. Por exemplo, quando utilizamos o BlaBlaCar, aplicativo de carona, dividimos a viagem com pessoas que nem conhecemos, porém, economizamos o combustível e, consequentemente, o dinheiro.
Outra vantagem é a maior acessibilidade aos bens e serviços, enquanto na economia tradicional, quem tem mais recursos consegue, por exemplo, comprar uma casa na praia, na economia colaborativa, o consumidor pode alugar um quarto, perto da praia, pagando menos.
Além disso, há o fortalecimento dos pequenos empreendedores, que têm a oportunidade de divulgar os seus serviços e produtos. Como, por exemplo, os motoristas de aplicativos de transporte particular, ou ainda, as pessoas que possuem apartamentos ou quartos disponíveis para alugar.
Como a economia colaborativa pode mudar empresas
Segundo o estudo realizado pela empresa de consultoria PwC, em agosto de 2014, a economia colaborativa movimentava US$ 15 bilhões anualmente, mas, pode chegar a US$ 335 bilhões até 2025.
Para as empresas, a economia colaborativa propicia o compartilhamento e cooperação, em vez da competição.
Grandes empresas como o Itaú Unibanco mergulharam de cabeça na modalidade. Foi em 2011 que o banco criou o programa de compartilhamento de bicicletas com preços acessíveis. É necessário que a pessoa usuária baixe o aplicativo gratuitamente, cadastre-se, escolha a cidade de preferência e pague com cartão de crédito pelo próprio aplicativo.
Dados de um estudo sobre o tema realizado em 2015 mostram que o setor gerou R$155,6 bilhões no Brasil. A expectativa é que esse número aumente a cada ano, com a conscientização dos empresários e consumidores, para o fato de que o modelo é o melhor para o planeta.
Outro exemplo de sucesso é o aplicativo Tem Açúcar?, em que as pessoas podem pedir objeto emprestado, pedir ajuda para consertos, oferecer companhia para exercício físico, oferecer carona, compartilhar comida, convidar vizinhos para festas, doar objetos e mais.
O objetivo do aplicativo é gerar uma grande comunidade de colaboração e alcançar cada vez mais pessoas, transformando desconhecidos em conhecidos.
Pilares da economia colaborativa
Agora, vamos conhecer os 3 pilares do modelo:
Consumo consciente
Quando compartilhamos um bem ou serviço promovemos o reaproveitamento, beneficiando a natureza, pois evitamos o desperdício causado pelo consumo desenfreado. Com isso, ajudando na mudança de mentalidade das pessoas.
Experiência única
Voltando ao exemplo de compartilhamento de bikes do Itaú, é possível que a pessoa alugue uma bicicleta para conhecer pontos turísticos de uma cidade, gerando benefícios para sua saúde física e para sua saúde mental.
Com relação ao aplicativo de compartilhamento de caronas, você pode conhecer pessoas novas durante as viagens, além de todo benefício ao meio ambiente, como dito acima.
Nos ambientes de coworking, você compartilha o espaço de trabalho com outras pessoas, dividindo as despesas, além do próprio espaço. Ideal para pequenas empresas e pequenos empreendedores que não têm condições financeiras de alugar um escritório bem localizado.
Confiança
A confiança é fundamental, tanto da parte do que oferece o serviço quanto da parte do que consome, por exemplo, nos aplicativos de transporte particular, o motorista não conhece o passageiro e vice-versa, mas ambos precisam de confiança para utilizar o serviço.
Então, com o relacionamento desenvolvido, por quem antes era estranho, criam-se as comunidades. O consumidor e o fornecedor alternam funções.
Por que trabalhar com empresas compartilhadas
- Propicia a boa imagem da empresa no mercado de trabalho.
- Existe mais produtividade.
- Beneficia o clima da organização.
- Há foco no trabalho em equipe.
O que é e como montar uma loja colaborativa
A loja colaborativa é fundamentada nos princípios da economia colaborativa, reúne pequenos empreendedores de diversos tipos de produtos e serviços, no mesmo espaço, oferecendo diretamente seus produtos aos clientes. Sem ter que investir em um ponto comercial sozinho.
Também chamada de ecossistema, a loja colaborativa veio para ficar, pois, o modelo de loja ganha muitos adeptos em todo o país. Basta alugar o espaço dentro de uma loja, com divisão do aluguel, contas de água, luz, internet, dentre outros. Para o microempreendedor, é uma excelente forma de parceria.
Como montar e participar de uma loja colaborativa? É necessário que os empresários analisem se os seus produtos têm pontos em comum, além de pesquisar se vocês têm o mesmo público-alvo, para que haja sucesso na parceria. Logo após, fazem a escolha do local.
Apostar na modalidade de lojas colaborativas é lucrativo, a quantidade de benefícios é enorme, já citamos vários neste artigo, porém são apenas alguns dos que existem.
Ideias para explorar negócios colaborativos
As plataformas de crowdsourcing são uma categoria muito popular, pois várias pessoas se unem para resolver um problema em comum do seu público, como se fosse uma terceirização coletiva. Pode ser realizado tanto à distância, graças à tecnologia, quanto fisicamente.
“Crowd”, em inglês, quer dizer multidão. E “source” é traduzido como fonte ou recurso. Realizado por meio de comunidades, profissionais se juntam para resolver as dores de uma determinada empresa. Já faz muito sucesso na área de tecnologia.
Segundo o Sebrae, “Para as pequenas empresas, o crowdsourcing pode ser útil na união de ideias que resolvem lacunas específicas do negócio e que, ao mesmo tempo, são caras demais para serem contratadas.
Novos conhecimentos a baixo custo, em um curto espaço de tempo, e para lançar novos produtos e serviços são alguns dos fiéis da balança que pendem pelo crowdsourcing.
Além disso, através desse modelo, a possibilidade de inovação é permanente.
Com várias mentes pensando sobre as questões internas e externas de uma empresa, e trocando conhecimento entre si, as chances de encontrar saídas excepcionalmente inovadoras crescem demasiadamente”.
Um exemplo de crowdsourcing é o site Crowdtest, voltado para o teste de software, o desenvolvedor tem acesso à multidão de usuários cadastrados, que vão testar o seu produto, e o melhor, você pode pagar somente a cada erro encontrado.
Outro exemplo de crowdsourcing é o site TimeRepublik, excelente alternativa para quem está iniciando no empreendedorismo, conte com pessoas que vão ajudar na criação do plano de negócios, criação de logo, ou até mesmo de slides para apresentações.
Já o crowdfunding, segundo o Sebrae, foi um termo criado recentemente, em 2006 e, apesar de poder representar esse conceito mais amplo, é muito mais utilizado quando falamos sobre projetos/empresas financiados de forma coletiva (várias pessoas contribuindo) por meio de uma plataforma online.
Como exemplo temos o aplicativo Kickstarter, que é a maior plataforma de financiamento coletivo do mundo, criada em 2008, por Perry Chen, Yancey Strickler, e Charles Adler. Já ajudou milhares de causas ao longo dos anos.
Caso você seja uma pessoa que possui uma ideia criativa, deseja fazer o lançamento, mas não tem o dinheiro necessário, a plataforma pode te ajudar a tirar sua ideia do papel e colocá-la em prática.
Principais diferenças entre a economia colaborativa e a economia tradicional
Agora que já falamos sobre a economia colaborativa, iremos falar sobre a economia tradicional, para diferenciá-los:
- A economia tradicional promove o consumo desenfreado, individual e, com acúmulo de recursos.
- O objetivo principal é o lucro.
- Não há preocupação com o coletivo.
- Não há compartilhamento de recursos.
- Não há preocupação com o esgotamento de recursos.
- Estimula a competição entre as empresas.
- Não existe preocupação com o meio ambiente.
- Utiliza os modelos tradicionais de produção de bens e serviços.
Principais desafios encontrados
Ainda existe o desafio da regulamentação da economia colaborativa, para que não existam brechas legais e de mercado. Com isso, a criação de normas é necessária para que a modalidade seja regulamentada.
Você viu que a economia colaborativa é um movimento de concretização de uma nova percepção de mundo, causando impactos na forma como vivemos e, principalmente, como fazemos negócios. Com isso, considera que a divisão deve substituir o acúmulo e, com isso, os problemas sociais e ambientais sejam amenizados.
Veja a seguir o que preparamos para você se aprofundar um pouco mais no assunto.
01 – Vídeo do Canal do Centro Sebrae de Sustentabilidade “Economia colaborativa // 10 Tendências de Sustentabilidade”. No vídeo, você ficará sabendo um pouco mais sobre como funciona a economia colaborativa.
02 – Vídeo do Canal do Sebrae Talks “Lojas colaborativas: como elas podem ajudar seu negócio?”. No vídeo, você terá acesso a dicas que te ajudarão a entender o que são as lojas colaborativas e qual o melhor modelo de loja para você colocar seus produtos no mercado.
03 – Ebook do Sebrae sobre “Economia compartilhada”. O ebook aborda o conceito de economia colaborativa e como uma empresa ganha mais competitividade neste modelo de negócio sustentável. Confira, faça seu cadastro e baixe o ebook!
04 – Infográfico do Sebrae sobre “Economia colaborativa: conheça essa nova tendência de consumo”. Esse novo formato de negócio vai de encontro às novas necessidades de consumo sustentável. Ficou interessado? Quer saber mais sobre o que é economia colaborativa? Acesse esse conteúdo e entenda mais sobre esse modelo de negócio!