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Ambiente do Empreendedorismo no Brasil

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O Brasil é um país de empreendedores. Nem mesmo a crise da COVID-19 foi capaz de diminuir a força do empreendedor no nosso país. Neste artigo, você vai saber um pouco mais sobre o ambiente do empreendedorismo no Brasil.

Constantemente são abertas novas empresas e novos negócios. Em tempos de crises, o empreendedorismo surge como uma oportunidade de sustento da família. Vem então, desta forma, como um substituto de renda quando ocorre demissões ou imprevistos.

Você que deseja empreender vai saber mais sobre o mundo do empreendedorismo no Brasil. Terá acesso neste texto a variáveis culturais e demográficas, bem como as exigências e as formalidades legais.

Também ficará por dentro de como o empreendedor lida com clientes e consumidores, bem como as empresas vêm enfrentando as crises econômicas.

O vídeo a seguir “Empreendedorismo – Ambiente de empreendedorismo no Brasil e no mundo globalizado”, aborda um pouco mais sobre as questões existentes no ambiente empresarial. É de 2018, entretanto, as questões continuam bem atuais!

Veja sobre o que trataremos neste post:

Cenário econômico

Apesar da crise econômica causada em 2019 pela pandemia, que teve efeitos internacionais, o cenário do empreendedorismo nacional continua forte.

Dados do Ministério da Economia, indicam recorde no número de abertura de novas empresas em 2020. O ano se encerrou com aproximadamente 20 milhões de negócios em atividade, representando aumento de 6% se comparado com o ano anterior.

O crescimento de MEIs – Microempreendedores individuais – foi ainda maior, com 8,4% de aumento e 2,5 milhões de novas empresas em 2020.

Novo recorde é apontado no Mapa de Empresas do Ministério da Economia em 2021 onde, entre maio e agosto, foram criadas cerca de 1,4 milhão de novos negócios.

Mas não se engane!

Nem tudo nestes dados é positivo. Isto porque o aumento de empresas em boa parte é resultado de desemprego e redução temporária de salário.

O desemprego foi de aproximadamente 13,4 milhões de pessoas no ano de 2020.

Segundo a FGV Social, a taxa de desemprego para a metade da população mais pobre subiu quase 10 pontos durante a pandemia.

Já a Serasa Experian aponta uma maior inadimplência em 2021, com mais de 1,6 milhões de pessoas negativadas, somando-se aos 61 milhões já sem crédito.

Este cenário representou um aumento no número de pessoas que buscam uma renda extra. Para muitas famílias brasileiras o salário é insuficiente para o sustento familiar.

Por outro lado, o aumento do preço dos combustíveis e do dólar, além do crescimento, também gera impactos para o empreendedorismo.

O empreendedor deve estar atento, por exemplo, às variações da taxa básica de juros, conhecida como Selic. A taxa Selic é capaz de influenciar todo o mercado.

Empreendedorismo e Cultura

Não são apenas os fatores econômicos que influenciam o empreendedorismo. O ambiente cultural também tem influência nas oportunidades empreendedoras.

Os valores culturais impactam na economia e na atividade empreendedora, mudanças culturais terão influência no modo como o empresário empreende.

O modelo empresarial de sucesso nos anos 70 e 80 não funciona mais atualmente. Isto se dá porque o consumidor não é mais o mesmo.

Alteraram-se as necessidades e vontades do mercado de consumo e o empreendedor deve se alterar de acordo com os novos valores de mercado.

Novas tecnologia e tendências surgem cotidianamente. Técnicas de marketing, como divulgação por carros de som e outdoors, hoje não trazem mais mesmo resultado.

A propaganda da internet é capaz de atingir muito mais pessoas por um valor muito mais inferior.

E o melhor: a Internet pode entregar o produto certo para a pessoa certa.

Por isto, estar antenado às novidades é cada vez mais questão de sobrevivência. É necessário que a empresa “fale” a mesma linguagem que o seu público-alvo.

Empreendedorismo e Política

As alterações da política, como a mudança de um governo, trazem impacto a empresas e para empreendedores em geral.

Isto se dá porque cada governo terá um modelo de política. Esquerda e Direita, Conservadores e Liberais, cada modelo político tem um modelo próprio de visão sobre como se deve governar um país.

Para alguns modelos, o emprego e a criação de empresas devem ser estimulados através de subsídios, como isenção de impostos e abertura de linhas de créditos.

Para outros modelos, é importante proteger os direitos do empregado através de regulamentações e penalidades rigorosas.

Não existe um consenso de quem está certo ou errado, e talvez nunca se chegará a um veredito final. Mas o importante aqui é que o empresário e o empreendedor devam estar preparados para enfrentar mudanças políticas.

Assim, é fundamental que o empresário tenha habilidades e ferramentas para resolver crises. Uma empresa não deve estar unicamente dependente de um determinado cenário político.

Por exemplo, se a operação empresarial depende de um subsídio de isenção de imposto, a alteração de governo que venha a extinguir tal benefício poderá resultar na falência desta empresa.

Por esta razão, mesmo que uma empresa tenha altos lucros, é necessário que ela tenha um plano reserva para lidar com uma possível alteração na política.

E mais: é sempre útil que o empresário e a empresa estejam atualizados em questões legais. Uma nova exigência legal pode paralisar toda a operação empresarial se não for cumprida.

Incentivos a pequenos empreendedores

Uma das políticas públicas do governo é o incentivo a pequenas empresas e pequenos empreendedores. Por exemplo, as Microempresas (ME), as Empresas de Pequeno Porte (EPP) e os Microempreendedores Individuais (MEI) podem optar pelo Simples Nacional.

O Simples Nacional é uma forma de tributação mais facilitada que reúne diversos tributos em apenas uma guia.

Desta forma, tributos como CSLL, IRPJ, IPI, ICMS, ISS, INSS, PIS/PASEP, COFINS são pagos apenas de uma vez através da DAS – Documento de Arrecadação do Simples Nacional.

O Simples Nacional é destinado a empresas com receita até R$ 4,8 milhões sendo que as atividades empresariais que podem aderir a este regime estão indicadas nos anexos da Lei n.º 123/2006.

No entanto, é importante consultar um profissional para determinar se é indicado aderir ao Simples Nacional e para decidir qual é o melhor regime de tributação.

Aspectos legais

Existem inúmeras exigências legais que uma empresa, não importa o seu tamanho, tem que cumprir.

Até mesmo o empreendedor que apenas utiliza sua pessoa física para empreender deve ficar atento sobre o que a lei determina.

Ter conhecimento sobre o mundo jurídico não é apenas uma burocracia. Pelo contrário, pode resultar em verdadeira redução de gastos.

Por exemplo, a tributação para pessoas jurídicas é muito mais leve do que para pessoas físicas. Portanto, é importante buscar um profissional que possa analisar a abertura de uma pessoa jurídica para a atividade empresarial.

De modo geral, o empresário deve conhecer pelo menos o básico sobre a legislação tributária evitando, assim, tributação em excesso ou o pagamento de multas pelo atraso de tributos.

Conhecer a legislação trabalhista evita ações judiciais de empregados que exigirão o pagamento de verbas trabalhistas devidas.

O consumidor também possui direitos que, se violados, podem resultar em complicações para a empresa.

Claro que a legislação é complexa, existem diversas leis e entendimentos da justiça. Sendo que muitas vezes o empresário não tem tempo para se dedicar. Por isto é importante contar com uma empresa parceira que tenha conhecimentos sobre o mundo jurídico do empreendedorismo.

Enfrentando crises

A existência de crises é inevitável. Toda empresa enfrenta ou enfrentará crises. Portanto, o diferencial de uma empresa vencedora é o seu comportamento perante crises.

Primeiramente, é necessário admitir que crises existem. Não é demérito de uma empresa enfrentar crises. Nem toda crise é culpa da empresa ou do empresário.

Diversos fatores levam a prejuízos financeiros como fatores econômicos, políticos e jurídicos.

Desta forma, é essencial estar preparado para enfrentar dificuldades. Algumas atitudes podem fazer a diferença como por exemplo ter uma reserva de emergência, promover cursos e melhorias constantes no negócio.

Um segundo ponto é a importância de se reinventar. Como já dito anteriormente, não é porque a empresa vem apresentando bons resultados que sempre será desta forma.

O mercado muda e com ele a empresa deve fazer alterações para se adaptar. Empresas que não se inovam constantemente podem ficar para trás.

Em muitos cenários, uma estagnação da empresa, ou seja, parar no tempo, pode resultar em uma falência. Geralmente não se percebe o prejuízo até que seja tarde demais.

A resolução de um problema deve passar por uma avaliação. Isto é, o problema que a empresa enfrenta deve ser analisado por uma equipe de profissionais de diversas áreas diferentes.

Uma resposta à crise deve ser formulada pelo trabalho conjunto de advogados, administradores, contadores entre outros. Diferentes profissionais possuem diferentes visões sobre o problema.

Em alguns casos, uma solução criada por um profissional de outra área pode ter obstáculos que não foram analisados devidamente.

Por fim, é necessário ter paciência e manter a calma. Um empresário deve ter a consciência de que certas crises não podem ser resolvidas a curto prazo. No entanto, algumas medidas imediatas podem trazer impactos positivos no futuro.

Até mesmo quando se decide pela recuperação judicial ou falência é necessário analisar vários aspectos. Em alguns casos, a falência é uma opção menos viável e mais prejudicial aos sócios.

Uma visão a longo prazo permite uma melhor estratégia e visão geral da jornada da empresa. Deve ser visto todo o cenário, até mesmo além da crise. Fazer o que é possível ser feito e preparar o campo para oportunidades futuras é essencial.

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