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Financiamento para Inovação: Como conseguir recursos para inovar na sua empresa

O Brasil não é considerado um país inovador. Apesar de estar entre as 10 economias mais importantes do mundo, ocupa o 57º lugar entre 126 países avaliados no ranking dos países inovadores. Por isso, é importante, cada vez mais, incentivar a criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento científico e tecnológico.
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Inovações geralmente são muito arriscadas, no entanto, são necessárias para o avanço das empresas. Por isso, o financiamento para inovação torna-se uma boa estratégia para empresas que queiram ou precisem inovar.

Em países conhecidos por um movimento inovador, tanto social como empresarial, as políticas públicas e nacionais têm participação importante no que se refere ao estímulo e a promoção dos esforços inovadores.

Isso acontece, sobretudo, por meio das mais variadas formas, onde as que mais se destacam são os investimentos e o custo na montagem da infraestrutura da tecnologia e da ciência que, por sinal, estão cada vez mais caras, responsáveis por gerar o conhecimento essencial para apoiar o processo da inovação.

Por isso, continue lendo esse artigo para saber mais sobre esse processo de financiamento para inovação que pode impulsionar a sua empresa a voos ainda mais altos.

Veja sobre o que trataremos neste post:

O que é financiamento para inovação?

O financiamento para inovação em empresas é um apoio que alguns bancos e programas do governo como o Finep, oferecem a empreendedores de qualquer porte.

Esse apoio os ajuda a conseguirem atingir suas metas e realizar seus projetos de modernizar e expandir seu negócio.

E, também, o aprimoramento de tecnologias levando em consideração a geração de novos empregos, renda e inclusão social nacional. Para isso, os bancos oferecem extensos prazos para pagamentos.

Instrumentos de financiamento à inovação

Colocar à disposição das empresas inovadoras instrumentos de fomento à inovação como concessão de incentivos fiscais, subvenções econômicas, instrumentos de financiamento e capacitação de recursos humanos, podem ajudar o país a ocupar melhores posições no Índice Global de Inovação.

O Índice Global de Inovação estabelece classificações com base em indicadores importantes como instituições, capital humano e pesquisa, infraestrutura, maturidade de mercado e negócios, produtos de conhecimento e produtos criativos.

Em 2021, o Brasil foi destaque em maturidade empresarial (34º) e capital humano e pesquisa (48º). Entretanto, com uma classificação de 78º no desempenho institucional, pode-se afirmar que esse é um péssimo resultado.

Veja a seguir os principais instrumentos colocados à disposição das empresas inovadoras no país:

Financiamento não reembolsável para ICTs

O financiamento não reembolsável é conferido para ICTs (Instituições Científicas e Tecnológicas) sem fins lucrativos, de caráter público ou privado.

Esse financiamento concedido a essas instituições têm a finalidade de executar projetos de desenvolvimento científico e tecnológico, infraestrutura de pesquisa e a formação de recursos humanos.

Financiamento reembolsável para empresas

Seu objetivo é apoiar as atividades de inovação das empresas brasileiras a fim de melhorar a competitividade nacional e internacional.

Além disso, aumentar as atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação realizadas, sobretudo no país, bem como, contribuir para a intensificação tecnológica da cadeia produtiva nacional e maior integração das empresas brasileiras.

Empresas com receita anual bruta igual ou superior a 90 milhões de reais são o público-alvo deste tipo de financiamento.

Agora, caso a empresa pertença a um grupo econômico, ou seja, controlada por outra, então será considerada a receita do grupo econômico.

Subvenção econômica para as empresas

A licença de subvenção econômica para inovação empresarial é uma ferramenta de política governamental amplamente utilizada em países desenvolvidos.

E é operada de acordo com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Lançado no Brasil em agosto de 2006, é a primeira vez que tal instrumento é fornecido no país.

O objetivo do programa de subvenção econômica é promover um aumento significativo das atividades inovadoras e aumentar a competitividade das empresas e da economia nacional.

Investimento em fundos

As atividades de investimento da empresa incluem o investimento de recursos do FNDCT em fundos de investimento em participações (FIP) e fundos mútuos de investimento em empresas emergentes (FMIEE), regulamentados pelas diretrizes CVM 391/03 e 209/94, denominados fundos de venture capital e private equity, respectivamente.

Investimentos de fundos destas categorias abraçam a atuação em empresas com grande potencial de crescimento, por meio da compra de ações ou qualquer outro valor imobiliário, obtendo assim, lucros de capital em médio e longo prazo. Para isso acontecer, além do dinheiro realmente cedido, as empresas passam a ser apoiadas estrategicamente pelos gestores dos fundos.

O objetivo desse trabalho é o de criar estruturas apropriadas de administração corporativa, foco em crescimento e lucros, bem como os avanços sustentáveis futuros da empresa.

Investimento direto em empresas inovadoras

O Investimento Direto em Empresas Inovadoras promove ações para adquirir participação societária.

Com isso, esse programa tem em vista capitalizar e desenvolver empresas inovadoras que tenham um potencial significativo de crescer e de gerar lucro. Para isso, é preciso estar em conformidade com as Políticas Industriais do Governo Federal e do banco em questão.

Esse programa visa estimular as atividades de inovação de empresas brasileiras. São elas:

  • Ampliar e criar novas competências de negócios e tecnologia.
  • Desenvolver e apurar cadeias produtivas favorecidas.
  • Fortalecer a estrutura de capital e ampliar o acesso ao mercado de capitais em nome das empresas inovadoras.

Política de apoio à inovação no Brasil

Existem três canais que são os meios no qual o governo pode atuar no que diz respeito ao processo da inovação:

  • O governo pode atuar estimulando e realizando investimentos em infraestrutura básica de CT&I. Isso se dá com a capacitação de mão de obra e com a edificação de novos laboratórios e estruturas de apoio à inovação.
  • Apoio indireto por meio de incentivos fiscais, para reduzir o custo de realizar o P&D.
  • Apoio direto, com critérios como subvenção direta às empresas e créditos com menores juros, por exemplo.

Quais são os itens financiáveis para projetos de inovação?

  • Salários e obrigações trabalhistas.
  • Máquinas e Equipamentos.
  • Material de consumo.
  • Contratação de centros de pesquisa.
  • Serviços de terceiros.
  • Pesquisa e testes de mercado.
  • Workshops para apresentação do produto.
  • Introdução no mercado.
  • Produção pioneira e pré-comercialização.
  • Treinamento/Capacitação.
  • Obras.
  • Software, fusão e aquisição.

Garantias aceitas em financiamento para inovação

  • Garantias Reais: hipoteca de imóveis, alienação fiduciária de imóveis e máquinas, cessão fiduciária de recebíveis e ativos Financeiros.
  • Garantias Pessoais: fiança bancária, fiança corporativa, seguro garantia financeira e standby letter of credit.
  • Covenants: condições contratuais específicas, com intuito de reduzir risco em grandes operações financeiras.

Financiamento de projetos em andamento

Projetos em andamento também podem ser financiados, diferente do que muita gente pensa.

Financiar projetos em andamento colabora bastante para o fluxo de caixa das empresas.

Conheça os benefícios do financiamento público:

  • Prazo maior de carência (até 48 meses).
  • Prazo maior de pagamento (até 144 meses, incluindo carência).
  • Possibilidade de a empresa ganhar bônus de redução.

Os prazos de carência possibilitam que os prazos se paguem sozinho. Ou seja, no decorrer da execução e efetivação no mercado, o projeto está na carência, e quando chegar o momento de se pagar, certamente já estará gerando lucros ou mesmo com diminuição de gastos.

Opções de financiamento para inovação

Há quatro opções de financiamento para inovação:

  • Captar financiamento em bancos.
  • Atrair investidores anjos ou seed capital.
  • Programas de incentivo a tecnologia do Governo.
  • Financiamento via fintechs.

Como conseguir financiamento à inovação em 3 passos

Para poupar seu tempo e facilitar no processo de financiamento, trouxemos um passo a passo prático, de como você pode conseguir um financiamento à inovação para sua empresa, confira:

Escolha a linha apropriada

Entre em sites de instituições como BNDES ou FINEP e busque editais abertos. Depois observe as características de cada programa e confirme se a sua empresa é elegível.

Dê bastante atenção aos detalhes, pois existem critérios como faturamento mínimo, razão social, tempo de registro da empresa entre outros, que podem desqualificar a sua empresa.

Verifique os critérios elegíveis

Verifique se a sua inovação tem concordância com as tecnologias que o programa pretende apoiar.

Analise também se sua empresa se encontra no setor para qual o recurso está sendo atribuído. Pois, alguns programas, especialmente os que trabalham com editais, limitam o apoio de recursos apenas para certos tipos de tecnologia.

Elabore um material de qualidade

Depois de ter encontrado a linha de financiamento correta, o próximo passo é conseguir todos os papéis exigidos.

Essa é a fase considerada mais difícil de trabalho, pois para que o recurso no governo seja aprovado é preciso preparar um material de qualidade.

Quais são os mecanismos de apoio à inovação?

Os mecanismos de apoio financeiro à inovação podem ser categorizados em apoio direto e apoio indireto.

O Apoio Indireto é caracterizado pelos incentivos fiscais, que é a diminuição da carga tributária do CNPJ. Os principais mecanismos vigorantes dessa modalidade são:

Já o Apoio Direto é caracterizado pelos financiamentos e empréstimos feitos por agentes públicos, podendo ser divididos em:

  • Financiamentos reembolsáveis.
  • Financiamentos não reembolsáveis.
  • Recursos humanos para PD&I.

De modo geral, os recursos não reembolsáveis são oferecidos em esferas federais, através de chamada Subvenção Econômica.

Exemplos de programas não reembolsáveis:

  • EMBRAPII.
  • Edital Senai-Sesi de Inovação.

Os recursos reembolsáveis, são concedidos através de empréstimos com condições melhores. Por exemplo:

As suas fontes são contínuas e, também, as chamadas públicas possuem tempo exclusivo para requisição.

Entre as opções para recursos humanos, que dão todo o apoio para contratar pesquisadores e técnicos se destacam:

  • Programa Rhae Pesquisador na Empresa.
  • Ciências sem fronteiras.

Como exposto, existem vários mecanismos para incentivar o investimento em inovação. Contudo, estes só terão algum efeito se forem usados de maneira constante pelas empresas no país.

É a constância que fará com que o esforço interno seja alavancado em atividades de inovação tecnológica podendo fazer parcerias com universidades, startups e centros de pesquisa.

O que nós propomos para você

Como pudemos ver ao longo deste artigo, o tema é bastante extenso e, realmente, é muito importante que o empreendedor busque o máximo de informações possíveis para poder tomar a melhor decisão para o seu tipo de negócio.

Algumas etapas podem ser bastante difíceis e demandam uma boa parte do tempo que é tão preciso para o empreendedor nos dias atuais. Por isso, entre em contato com empresas especialistas no assunto para tirar todas as suas dúvidas e te ajudar a conseguir o melhor financiamento para a sua empresa.

Veja a seguir o que preparamos para você se aprofundar ainda mais no assunto e começar a ter uma cultura inovadora em sua empresa.

Cartilhas

01 – Cartilha da Embrapa “Lei do Bem: Entenda como funcionam os incentivos fiscais para investimentos em PD&I”.

A cartilha aborda itens como: quem pode utilizar a Lei do Bem, o que fazer para se beneficiar, projetos que se enquadram, incentivos que podem ser utilizados e muito mais.

02 – Cartilha do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações “Guia Prático da Lei do Bem”. 

As informações e orientações contidas nesse documento objetivam trazer para os atuais e futuros usuários da Lei do Bem, de forma prática e objetiva, o esclarecimento de dúvidas e o entendimento dos procedimentos necessários à melhor e mais efetiva utilização dos incentivos fiscais tratados na Lei.

As empresas encontrarão, também, referências sobre a legislação e outras fontes de consulta relacionadas à Lei do Bem e que tratam de conceitos relativos às atividades de PD&I.

Site BNDES

Página do BNDES sobre inovação e incentivos

Para o BNDES, a inovação é elemento fundamental para melhorar o posicionamento competitivo das empresas brasileiras e contribui para o aumento da eficiência na produção, geração de novos produtos e criação de empregos qualificados, tornando as empresas mais competitivas e gerando valor econômico e social para o país. 

Conheça as linhas de financiamento e a Política de Atuação no Apoio à Inovação do BNDES.

Finep inovação e pesquisa

Se você tem um projeto inovador, acesse a página da FINEP Inovação e Pesquisa, selecione seu perfil e veja como essa instituição pode lhe ajudar. 

A Finep financia desde a pesquisa básica até a preparação do produto para o mercado.

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