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Mercado de Capitais: O que é, como funciona e porque investir

Quando um conjunto de instituições financeiras se unem para realizar operações de compra e venda de ativos financeiros, denominamos de mercado financeiro. Neste sentido, os investimentos e as poupanças constituem a essência de todo o sistema financeiro. As instituições financeiras podem ser: bancos, fintechs, corretoras, instituições de pagamentos e mesmo alguns órgãos do governo.
Mercado de capitais

Cada vez mais as pessoas têm buscado conhecimento sobre como realizar investimentos e, mais do que isso, as pessoas desejam obter retornos significativos. Mas tão importante quanto investir é saber como funciona o mercado financeiro.

A informação é a forma mais segura antes de dar um passo adiante no mercado financeiro.

Conhecer o funcionamento e os principais ativos negociados é parte importante de uma estratégia de negócios daqueles que buscam o sucesso!

Veja sobre o que trataremos neste post:

O que é o mercado financeiro?

O mercado financeiro possui amplo alcance e abrange a detenção quanto a negociação, intermediação e compensação, tanto de ativos quanto de passivos financeiros.

De modo geral, é praticamente um mundo onde a compra e venda de ativos na forma de títulos e valores ocorre, observadas as regras vigentes. É parte da estrutura econômica do país – e do mundo.

O mercado financeiro hoje, pode ser considerado movimentado por diferentes agentes econômicos, como famílias, pessoas físicas, empresas em suas mais diversas formas e o governo, por exemplo.

Como ele funciona o mercado financeiro?

As famílias, empresas e governos podem ser considerados “unidades econômicas” que tem suas vidas econômicas facilitadas pelos “intermediadores financeiros”.

Essas unidades ofertam o excedente de seus rendimentos (através de investimentos) de modo que os riscos compensem, gerando assim, remuneração adicional.

Quando a unidade econômica não possui recursos, ela os busca junto às instituições financeiras – e estas assumem o risco e custos da operação.

Desta forma, o fluxo financeiro segue ininterrupto através das unidades e dos intermediadores.

O estímulo à formação de poupança faz com que as pessoas busquem, independente da forma, um meio de gerar fluxo financeiro entre eles, os poupadores e os tomadores.

Como exemplo temos as ações, fundos de pensão, fundos de investimento, seguros e, também, a poupança tradicional como todo brasileiro conhece.

Como funciona a relação poupador e tomador?

Para essa facilitação na transferência de recursos, as instituições financeiras são de grande importância.

Uma das funções dos bancos é permitir que esta circulação de ativos e passivos se mantenha contínua, de modo que seja garantida liquidez imediata dos títulos de seus clientes.

Ou seja, diante do desejo do cliente de levantar os valores investidos, o resgate deve ser imediato. Assim, a possibilidade de saque é facilitada.

Além disso, temos as corretoras, que ao contrário de instituições como os bancos, promovem apenas a mediação entre as partes, não cabendo ao agente de corretagem qualquer responsabilidade em relação aos recursos.

Seja uma corretora ou um banco, os intermediários apresentam a capacidade de reduzir custos de transação e de assimetria de informações entre as partes (nome dado à ocorrência de informações em desequilíbrio, que podem ocasionar prejuízos aos negócios).

A especialização do intermediador além de diluir os riscos do negócio acaba também por gerar aumento da eficácia na alocação dos recursos e expansão de fluxos reais de manutenção e crescimento das atividades econômicas.

No mercado financeiro, os intermediadores existem para trazer maior segurança às unidades econômicas e facilitar a conexão entre poupadores e tomadores.

Diante de tantas possibilidades, é de se imaginar que para suprir as demandas, o mercado financeiro tenha se dividido a fim de se adaptar.

Você sabe quais são esses segmentos?

Ao se desenvolverem novos ativos financeiros, houve a necessidade de o mercado se fragmentar para melhor atender às exigências de suas características.

Logo, o mercado financeiro se divide em quatro segmentos que serão apresentados a seguir.

Mercado monetário

O primeiro deles é o mercado monetário e refere-se a negociações de curto prazo. Em países com mercado financeiro muito desenvolvido, o mercado monetário refere-se a negociações com prazo inferior a 1 ano e alto grau de liquidez.

Envolvendo as próprias instituições financeiras ou as instituições e o Banco Central, as transações do mercado monetário no Brasil costumam durar um dia (overnight).

Regido pelo Banco Central, o mercado monetário utiliza o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (que deu origem à taxa SELIC) para negociar títulos públicos federais.

Mercado de Crédito

Enquanto isso, o mercado de crédito existe como o segmento em que as instituições financeiras captam recursos (com agentes superavitários) e emprestam aos agentes econômicos em déficit.

Costumam ser operações de curto a médio prazo cuja destinação é o consumo ou capital de giro para empresas.

Tal crédito bancário é hoje a principal fonte de financiamento no Brasil.

Mercado de câmbio

Diante da grandeza do mercado financeiro, surge o mercado de câmbio, assim denominado em razão das trocas de moedas estrangeiras por moeda nacional e vice-versa.

Assim como os demais segmentos, a nível nacional, as relações de câmbio são reguladas e fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil.

As trocas de moedas podem ocorrer entre os bancos e seus clientes ou apenas para atender as necessidades da própria instituição financeira sobre moeda estrangeira.

Por outro lado, temos o mercado de capitais, cujos títulos, embora de prazo superior a um ano, caracteriza-se por ser uma alternativa aos investimentos tradicionais.

É a oportunidade que o poupador tem de participar de negócios de seu interesse, entretanto, cientes do risco que assumem com a aquisição dos títulos.

Enquanto ao trabalhar com crédito, a instituição assume as responsabilidades, no mercado de capitais o investidor assume o risco pelos investimentos que fizer.

Quanto aos capitais, o mercado ainda poderá ser primário ou secundário. O primário se refere à primeira vez em que o título é lançado no mercado, seja através de renda fixa ou variável.

Mercado secundário

Já o mercado secundário refere-se à negociação do título após sua emissão (primária).

No secundário, temos a bolsa de valores e o chamado mercado de balcão (negociações fora da bolsa), o mercado de capitais apresenta, além de riscos, amplas opções de investimentos para os que estão dispostos a investir.

E o mercado de capitais no Brasil?

Representando um espelho da situação econômica do país, o mercado de capitais, através da bolsa de valores, chegou a movimentar no Brasil mais de R$30 bilhões em média diária (em abril de 2021) segundo a Revista InfoMoney.

Em nosso país, costumava-se usar a expressão “mercado de capitais” como sinônimo de mercado de ações, mas era usado de maneira errada por alcançar, inclusive, instrumentos de dívida, debêntures, notas promissórias e outros recebíveis.

Negociação de ações

No que diz respeito à negociação de ações, todas as transações no Brasil são realizadas na Bolsa de Valores de São Paulo, a BOVESPA. Através do pregão eletrônico (MEGABOLSA) as ofertas podem ser vistas por todos os participantes.

A Comissão de Valores Mobiliários – CVM é responsável pela regulamentação e fiscalização do mercado de valores mobiliários que abrange o mercado de ações, fundos de investimentos e outros.

Enquanto o mercado não para, a CVM através de diferentes ações, de modo geral, busca a proteção do investidor evitando, assim, que seja prejudicado pela voracidade e volatilidade do mercado.

Ora, estamos falando de um mercado volátil, que por si só não significa risco, mas que representa certa imprevisibilidade quanto aos rendimentos.

Mas é apenas ao abrir seu capital na bolsa de valores através de um IPO – Initial Public Offering, que a empresa possibilita a chegada de novos investidores que, com suas quotas minoritárias, se tornam sócios.

O acionista minoritário, adquire para si quotas daquela empresa de capital aberto com um único objetivo: obter lucro a partir da distribuição dos dividendos. Ele não participa da gestão ou burocracia, mas é beneficiado pela rentabilidade do negócio.

Ao mesmo tempo, em que o particular investe e lucra com o crescimento dos negócios, a empresa pode arrecadar fundos para alavancar seu crescimento de maneira segura e transparente.

Por onde começar a investir em ações?

O mercado de ações tem se tornado muito popular no Brasil. Mas antes de realizar qualquer investimento por conta própria é bom estar atento aos riscos e custos da decisão tomada.

É preciso ser disciplinado e ter boas estratégias. Além de tudo, é preciso ter os pés no chão e ser realista, afinal as chances de ganhos existem assim como o risco de perdas, que podem gerar frustração e prejuízo financeiro significativo.

Importante ressaltar a importância da assessoria de investimentos devidamente credenciada. Especializadas em investimentos, elas poderão indicar ao cliente o melhor investimento de acordo com seu perfil.

Mas não termina por aí, antes de investir esteja ciente dos custos.

A taxa de corretagem (em razão da negociação), taxa de custódia (pela guarda dos ativos), emolumentos (que cobrem os custos operacionais da bolsa), taxa de liquidação e ISS (imposto sobre serviços) são alguns dos custos que o investidor poderá ter.

Os valores variam de acordo com a corretora escolhida pelo investidor, por isso é importante buscar algumas opiniões profissionais diferentes para ver qual melhor se adequa ao seu perfil e ao seu bolso.

O que nós propomos para você

Como você pode ver nesse artigo, o mercado financeiro é rico em oportunidades, mas também em riscos. Por isso, para maior segurança, é importante consultar especialistas do ramo. Seja um assessor ou uma grande corretora, eles demonstrarão como seu investimento pode ser vantajoso, apesar dos custos.

A orientação é para que se busque pelo menos três opiniões profissionais distintas antes de investir! 

Veja a seguir o que preparamos para você se aprofundar ainda mais no assunto:

Cartilha

Cartilha da Universidade Federal da Bahia, da escola de Ciências Contábeis, “Mercados Financeiros”. 

Nessa cartilha, você terá acesso a informações qualificadas sobre como funciona o mercado financeiro, a estrutura do sistema financeiro nacional, produtos de mercado financeiro, mercado de capitais e muito mais.

Vídeo

Vídeo do Canal Eu Quero Investir, “Como funciona a Bolsa de Valores e o Mercado de Capitais: Jornada do Investidor”. 

Nesse vídeo, você vai aprender como são feitas as negociações na Bolsa de Valores e como funciona o Mercado de Capitais.

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